Mensalmente, o presidente do Sincomaco, Claudio Conz, analisa a performance do nosso setor e as perspectivas econômicas e políticas para os próximos meses. Nesta edição de agosto, ele avalia o desempenho do primeiro semestre de 2023 e projeta boas perspectivas para o restante do ano. Confira! 👇
As vendas de materiais para construção em julho foram 5% menores que as de junho. Com isto, temos um resultado 7% negativo em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é de vendas melhores a partir de agora, quem sabe recuperando alguma coisa sobre 2022.
A taxa de desemprego caiu para 8%, o menor índice desde 2014; não houve, entretanto, crescimento da renda total das famílias. A conclusão é que esta subida nos empregos tem se dado no mercado informal.
Recentemente, uma interessante análise foi feita sobre preferências dos consumidores pós-pandemia: num universo de entrevistados, 52% de quem compravam on-line declarou que voltou a comprar em lojas físicas, e não mais pela internet. Esta mesma pesquisa mostrou que o crescimento do público nas lojas de rua foi de 11%, enquanto que em shoppings centers, apenas 3%. Conclusão: o consumidor está voltando às lojas.
Persistem as incertezas sobre as ações do governo, apesar de alguns sinais alentadores. A inflação está sob controle; há uma perspectiva de início de redução da taxa de juros; houve melhoria na classificação de crédito internacional do país; entre outras boas notícias.
E neste mês de agosto teremos o prosseguimento das discussões sobre a Reforma Tributária, no Senado Federal. Serão 15 dias para discussão nas Comissões Especiais; depois, 30 dias de audiências públicas; some mais 15 dias para o Relator concluir o relatório e, então, 30 dias para seguir a votação. Ou seja: dias intensos em agosto e setembro!
Por isso tudo, o tema principal, sempre falado, é de se voltar para o método “Básico Bem Feito“. Olhar custos e despesas; verificar e medir resultados a cada ação (ou mesmo a cada produto); gestão eficiente de pessoal, retendo talentos e cortando excessos de gente, empregando sempre um tratamento digno nos desligamentos para não acarretar em novos custos causados por reclamações trabalhistas - estas são algumas das medidas a serem revistas diariamente. Apesar de estarmos numa descendente (vendas menores que as do ano passado) é fundamental acelerarmos estas ações, pois assim que houver um início de recuperação - e ela virá! - seu embalo para subir será muito maior!
E por fim, é importante lembrar a todos os leitores sobre a importância de prestigiarem o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Comércio de Materiais para Construção, no próximo dia 16 de agosto. Com 220 Deputados Federais participantes, ela será um importante instrumento na fase mais decisiva da Reforma Tributária, quando as leis complementares (que obrigatoriamente têm que ser votadas no Congresso), irão detalhar como funcionarão as mudanças. É quando poderemos mitigar os reais danos para o nosso setor, se houver. Será no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, a partir das 15h.
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