Quase tudo tem prazo de validade. Um carro, por exemplo, precisa passar por revisões periódicas pra que se mantenha em condições seguras de uso; um simples filtro de água de carvão ativado precisa ser substituído de tempos em tempos; e é assim com muitos produtos. Com uma instalação elétrica não é diferente, já que ela é composta por componentes que se desgastam ao longo do seu tempo de uso e, um dia, chegam ao final da sua vida útil.
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Em casos assim, então, deve ser realizada uma manutenção e substituição de componentes. Tomadas e interruptores, por exemplo, têm sua vida útil estimada em manobras, ou seja, quantas vezes você aciona um interruptor ou insere e retira um equipamento da tomada. Da mesma forma o disjuntor e o DR, que têm suas vidas úteis estimadas em manobras e atuações (estes últimos, entretanto, também têm sua vida útil reduzida à medida que os valores limites são atingidos, como por exemplo, a corrente de curto circuito no disjuntor).
Já o fio condutor tem sua vida útil estimada em até 25 anos, mas que pode sofrer uma redução drástica de vida útil quando a sua utilização é submetida a situações limites. O que isto significa?
Vamos explicar com um exemplo: imagine que um condutor de uma determinada seção (bitola) foi produzido para suportar uma corrente de 30 amperes, na condição de instalação em eletroduto fechado instalado em parede de alvenaria, e temperatura ambiente de 30 graus Celsius. Esse condutor também suportaria uma corrente de curto circuito de 2 mil amperes (2Ka) por 100 micro segundos (esses valores são fictícios e usados somente para exemplo). Se usado dentro destes parâmetros, o condutor teria uma vida útil de aproximadamente 25 anos. Mas imagine que, ao longo do tempo, ele foi várias vezes submetido a uma sobrecarga de 35 amperes com durações que variaram de 2 a 5 minutos sem que o dispositivo de proteção, o disjuntor, atuasse. Também sofreu alguns curtos-circuitos com valores de 5 mil amperes (5Ka), por períodos de 80 microssegundos. Estas condições certamente impuseram danos ao condutor, normalmente danificando a sua isolação e, então, deixando-o vulnerável. Sua vida útil certamente diminuiu e esse valor não pode ser mais estimado.
Em casos assim o certo a se fazer é substituir o condutor, redimensionando-o para a nova realidade das cargas que, provavelmente, será com seção maior para suportar as sobrecargas impostas pela carga e ampliações futuras. Da mesma forma, os dispositivos de proteção deverão ser recalculados para essa nova situação, e a avaliação dos demais componentes deverá ser realizada em conjunto.
Lembre-se: uma instalação elétrica deve ser revisada a cada 5 anos, no mínimo. Assim você aumenta a sua vida útil e garante mais segurança para todos - afinal, choque elétrico pode matar!
A campanha “Choque Elétrico Mata!” é uma realização do Sincomaco e da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), patrocinada por Sil Fios e Cabos Elétricos, Grupo Enel spa, Vila Velha Corretora de Seguros, PJ Neblina Materiais Elétricos, Signify Philips, King Ouro e América Energia, e apoiada pela Cobrecom Fios e Cabos, pela Merc Distribuidora, MatconsPay, pelo Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo), Associação Comercial do Estado de São Paulo e ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
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