Confiança do comércio avança em junho, mas setores de bens duráveis ainda sentem os efeitos do ano anterior
- sincomaco
- 2 de jul.
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Junho de 2025 trouxe um leve alívio para os empresários do comércio, com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) avançando 1,4% na comparação com o mês anterior. Apesar disso, a confiança ainda segue abaixo do patamar de 2024, registrando uma queda anual de 3,7%.
Entre os segmentos acompanhados pela pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o grupo que inclui eletrônicos, eletrodomésticos e material de construção apresentou índice de 112,0 pontos, com crescimento de 1,7% em relação a maio. No entanto, a retração em relação a junho de 2024 foi de 4,4%, refletindo um ambiente de negócios mais desafiador no comparativo anual.
Condições Atuais e Expectativas
No recorte de condições atuais, este mesmo grupo (bens duráveis) registrou 79,1 pontos, com avanço mensal de 1,8%, mas retração significativa de 8,1% na comparação anual — uma das maiores quedas entre os setores analisados.
Já no índice de expectativas para os próximos meses, a categoria teve desempenho ambíguo: foi o segmento com maior alta mensal (+2,4%), alcançando 145,5 pontos, mas, ao mesmo tempo, o que mais perdeu no comparativo com junho do ano passado, com queda de 4,8%.
Investimentos e Contratações
No campo das intenções de investimento, o grupo de eletrônicos, eletrodomésticos e materiais de construção apresentou crescimento mensal de 0,8%, totalizando 125,5 pontos. Ainda assim, registrou recuo de 0,7% em relação a 2024, indicando cautela por parte dos empresários no que diz respeito a expansão e modernização de seus negócios.
O único indicador com saldo positivo tanto na variação mensal quanto anual foi a Intenção de Contratação de Funcionários, que cresceu 0,9% no mês e 0,4% em doze meses, sinalizando uma discreta retomada da confiança no consumo e na operação das lojas.
O que isso significa para o setor
Para os setores representados pelo SINCOMACO, os dados mostram que, embora haja sinais de recuperação mensal, a confiança do empresário ainda está fragilizada frente ao cenário do ano anterior, sobretudo em função das condições econômicas gerais e do acesso mais restrito ao crédito.
Por outro lado, o avanço nos indicadores de curto prazo, como expectativas e contratações, pode ser um indicativo de que os empresários estão enxergando uma possível estabilização ou retomada para o segundo semestre de 2025.
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