Caros amigos e amigas,
Conforme previsão, as vendas em janeiro estiveram muito pouco acima em faturamento se comparado a dezembro (+1%).
Já o volume físico se recuperou um pouco mais (+3%), porém ainda muito abaixo do período pré pandemia (-14%).
As compras de dezembro, que no cartão vencem em janeiro, o excesso de chuvas em várias regiões do Brasil, a compra de material escolar para a volta às aulas, o IPVA, além do IPTU, foram fatores que consumiram importante parte da renda dos consumidores.
A expectativa é de que fevereiro siga no mesmo caminho.
Uma conclusão tirada na NRF deste ano, o maior encontro mundial do varejo, foi de que o consumidor está mais seletivo nas compras, segundo eles a era da abundância acabou.
Uma conclusão muito interessante foi de que somente irá sobreviver o comércio que se dedicar a fazer o BÁSICO bem feito.
Nada de muita diversidade de produtos que comprometa o capital pelo baixo giro.
Juntei alguns insights dos diversos que acompanhei e faço um resumo dos que achei mais interessantes:
1. Tecnologia não faz mágica, se você não cuidar da cultura e das pessoas tem grandes chances de ter problemas.
Não adianta alto investimento em tecnologia, se não houver desenvolvimento do seu time.
2. Vender produtos é o mínimo que uma loja física deve fazer.
Precisamos olhar pra outras fontes de recursos: serviços, dados ou eventos com a indústria.
Em muitas lojas, eventos conjuntos com as indústrias já representam 33% do faturamento.
A loja física não vai morrer, pelo contrário. O que vão morrer são os velhos modelos.
Pense num formato de comércio com menos produtos, aquilo que gira e da lucro (valorizando o seu capital ) com mais experiências, mais proximidade com as comunidades e amplie seus produtos com a venda sob encomenda (amplo catálogo tanto da indústria como do atacadista).
No Home Depot, maior loja de Matcons do mundo, a venda por encomenda, representa 30% do faturamento.
3 A Geração Z (de 1997 a 2010) já é formada por mais de 2.5 bilhões de pessoas no mundo.
Eles influenciam hoje 40% da venda dos seus pais e/ou responsáveis.
Compram propósitos e não só produtos.
Seja ágil e transparente com eles. 26% deste público conversa com a Alexa regularmente e 11% conversam com seus avós no mesmo período.
Ou seja, a forma de se relacionar com eles mudou.
4. A transformação da personalização para a hiper-personalização e a segmentação individual são uma forte tendência no mercado.
Siga mais as análises de dados e menos os conselhos.
5. A Economia americana com 7.5% de inflação, traz com ela a previsão de recessão.
6. O comércio local em alta com a loja física baseada na confiança e as lojas on-line apenas baseadas no preço.
7. Sustentabilidade. Faça e divulgue suas ações.
8. Comércio é gente. Cuide do seu time, das suas pessoas. Comércio é servir.
Pessoas que gostam de pessoas.
Trabalhe com pessoas com sede de aprender, que assumam responsabilidades, reconhecem erros e compartilhem o que sabe, gente que diz:
- Não sei, mas quero aprender; me ensina.
- Errei. Consertei e aprendi. Vou tentar de novo.
- Olha o que eu aprendi.
- Deixa que eu te ajudo.
Um grande abraço,
Cláudio Elias Conz
Presidente do SINCOMACO
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